segunda-feira, 19 de novembro de 2018

crónicas soltas


Poder ser quem somos. Talvez seja essa a magia de qualquer momento. E de qualquer relação. Podermos ser quem realmente somos. Sem máscaras. Sem fogo-de-artifício. Sem justificações. Sem medos. Sem querer agradar. Podermos ser essência e verdade. E é aquilo que eu sinto contigo. Que sou. Eu. Apenas eu e tudo aquilo que me caracteriza. O meu feitio estranho. As minhas gargalhadas sonoras. O meu riso fácil. A minha obsessão pela arrumação. A minha metodologia parva em querer combinar as cores e arrumar as coisas segundo uma ordem pré-definida. A minha teimosia. As minhas justificações para tudo. O meu lado do contra. As minhas teorias. Os meus sonhos megalómanos. O meu feminismo. As minhas posições pró e anti. A minha esquisitice com a comida. (E com a música. E com as séries. E com os filmes. E com a sociedade em geral). O meu inconformismo. O meu lado revolucionário-cómico. O meu lado zen. As minhas contradições. Os meus silêncios. As minhas lágrimas. Os meus fantasmas. Os meus medos. As minhas cicatrizes. Aquilo que não quero dizer para não recordar. E aquilo que digo para expiar. Poder ser quem somos, por inteiro, em verdade, é talvez a mais bonita forma de amor (e de amar).


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